O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção de suicídio. No Brasil, foi criada em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), o CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar a cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de Setembro). A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, dando mais visibilidade à causa.
Hoje, 32 brasileiros se suicidam diariamente. No mundo, ocorre uma morte a cada 40 segundos. Aproximadamente 1 milhão de pessoas se matam a cada ano. Sabe-se que os números são muito maiores, pois a subnotificação é reconhecida. Além disso, os especialistas estimam que o total de tentativas supere o de suicídios em pelo menos dez vezes. Para cada suicídio, pelo menos 6 pessoas em volta são afetadas. E este assunto ainda é um tabu...
Será um desespero insuportável? A vida que perdeu o sentido? O mundo ficou sem graça? Todas as alternativas estão corretas, e talvez, ainda tenham outras tantas que merecem toda a nossa atenção. É muito comum o ser humano experimentar, pelo menos uma vez na vida, um momento de profundo desespero e de grande falta de esperança - porém, geralmente as ideias e sentimentos se reorganizam, as experiências passam a fazer sentido novamente, a confiança em si mesmo se reestabelece, às vezes encontra saída, apoio e compreensão daqueles que o cercam. Mas e quando isso não acontece?
Muitos não conseguem encontrar uma alternativa. Nesses casos, o suicídio parece ser a última cartada, um xeque-mate contra o sofrimento. Diversas vezes enviam sinais àqueles que estão à sua volta, os chamados “pedidos de ajuda”.
Este assunto não deve ser silenciado! Sempre há tempo de falar sobre suicídio e buscar ajuda de um profissional da saúde mental (psicólogo ou psiquiatra). É preciso conversar, questionar, entender... O melhor caminho para dar conta deste problema, é uma boa escuta e afeto.
Por: Psicóloga Alane V. Nardi
* as informações contidas neste texto não substituem a avaliação de um profissional na área de saúde mental.*